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Giló - O Papagaio Indiscreto

#Aqui no Papagaio e no Sapo Blogs outra vez? Pá! Vão à praia, façam amor com a(o) namorada(o)... evitem é perder o vosso precioso tempo neste botequim! Podiam, pelo menos, ter o bom gosto de escolher outro blog #

12 Points to: I'm no F*ck*ng Toy, you Stupid Boy!

festival 2018.jpg    À beira do fim de semana, pareceria de mau gosto a abordagem a temas que gerassem polémica, por isso desistimos imediatamente do post que tínhamos preparado sobre música, para apontar baterias a algo que não tem nada com isso: o Festival Eurovisão da Canção 2018 (que o espetáculo até costuma ser muito pacífico!). 

    A primeira coisa que todos devem estar a perguntar é se temos acompanhado o espetáculo, ao que teremos de responder, para deceção de todos, que nem tanto assim, uma vez que não nos interessamos muito por política internacional nem por desfiles de moda. Provavelmente, nós seremos dos poucos que não têm vindo a assistir à fabulosa gala da Altice Arena... juntamente com a comunidade Gay e com a comunidade de bloggers, que têm estado tão ocupadas a votar e a influenciar, ao ponto de não terem tempo para ouvir as músicas.

     Por outro lado,  e ainda assim, gostamos muitíssimo de canções, mas como o lóbi LGBTI, o lóbi Twitter, o lóbi Instagramer, o lóbi  Blogger e o lóbi Youtuber já inquinaram, perdão, decidiram quem será o vencedor do evento, não fará muito sentido ficar a perder tempo a assistir a um show que já começou pelo fim e que, portanto, tecnicamente, já terminou. Sentir-nos-íamos imensamente parvos a olhar para o balão...

    Para o ano encontramo-nos todos em Jerusalém, a reboque  da Popota estrábica, que cacareja para toda a Europa ver, que faz barulhos como uma galinha choca e que não assume, ironicamente, que é um "Toy". Se tudo correr como é normal, será de incluir o Irão na votação telefónica, com linha aberta deste Teerão até à Cidade Santa. Brutal!

   A performance epilética e gargolejante da moça XXXL de Telavive também parece ter colhido muito apoio em Portugal, sobretudo junto dos colégios do ensino básico e das E.B.'s do 2º ciclo, assim como dos utentes dos infantários privados com contrato de associação.

   O papel da mulher e a condição feminina saem muito refrescados com este tema, diga-se, e rejuvenescidos pela interpretação bombástica e pueril da "Wide Size" israelita. É uma mensagem fortíssima, de peso! Isso, nem se discute! Eu, se fosse mulher,  - sou hermafrodita! - digo já que ADORARIA ver o meu âmago representado e a minha essência defendida por um elefante hipercolesterolémico, ao trambolhão escadas abaixo, e a cacarejar como o Sr. Franguito da Guia. Notável! 

   Ainda assim, tivémos oportunidade de dar uma espreitadela na participação da delegação da Suiça, que nos pareceu ter pernas para andar. O erro foi os suiços terem vindo tão cedo para o festival. A concorrente helvética, Miss Zibbz, deveria ter esperado pela edição do ano que vem. Colocou a carroça à frente dos bois, cheia de pressa, e acabou colocada na última posição da grelha de melodias. Se tivesse deixado a sua canção para a edição de 2019, o tema Throwing Stones faria resmas de sucesso na Faixa de Gaza, por certo. Do lado da palestina choveria votação de 12 pontos, com direito a encore.

    Um dado essencial, é que sabemos que Portugal tem aproveitado este certame da melhor forma; a RTP diz  que tem corrido muito bem, com audiências significativas, muita publicidade à mistura e muitos turistas a serem empalmados em Lisboa. As rendas continuam a subir na capital, cada vez há mais facilidade em estacionar em cima dos passeios e até os deputados à Assembleia, eleitos por Passarinho das Furnas de Pitões, querem arrendar em Lisboa, desde que continuem a declarar a santa terrinha. Imagine-se! Nem nos Descobrimentos Lisboa foi tão central! O Festival da Canção só contribui para aprimorar.

    Os responsáveis da Eurovisão, ao que parece, e por sua vez, têm sublinhado a sua aposta contínua na diversidade de géneros musicais: do Jazz aos Blues, do Heavy Metal às baladas românticas e pimpolhas. Das mamudas saltitantes, às representantes em cadeira de rodas. Um caldeirão de culturas, condições e atitudes! Se a aposta for, efetivamente, na diversificação melódica e cultural, sem barreiras ideológicas  e/ou religiosas, será caso para exigir e acreditar que, no próximo ano, na Cidade Santa, possamos assistir à interpretação do Padre Borga, a representar Portugal na Eurovisão, com "Põe Tua Mão na Mão do Meu...", acompanhado à capela por Frei Hermano da Câmara, pelo Coro dos Lobitos dos Escuteiros de Penedono e pelas Irmãs Carmelitas descalças do Sagrado Coração.

Saudações festivaleiras

Papagaiopapagaio

    

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