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Giló - O Papagaio Indiscreto

#Aqui no Papagaio e no Sapo Blogs outra vez? Pá! Vão à praia, façam amor com a(o) namorada(o)... evitem é perder o vosso precioso tempo neste botequim! Podiam, pelo menos, ter o bom gosto de escolher outro blog #

A IURD é que devia ganhar o festival!

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Citação de Diogo Piçarra:

" Não, eu não sabia que a IURD existia...e que faziam músicas... e que as cantavam... eu nem sei inglês...! O que é que quer dizer “Open our Eyes"? Em 1976 eu ainda nem era nascido!  Pastor norte-americano Bob Cull quê? Não tenho Facebook nem uso telemóvel! Desconhecia que nos Estados Unidos havia pastores e ovelhas! Pensava que a pastorícia era só em Trás-os-Montes, juro!!!"

 

     Depois do que (não) aconteceu a / com Tony Carreira, duvidamos que Piçarra não tenha já o "Caneco" na mão, na grande final. Não é uma questão de música, é uma questão de língua portuguesa. 30% da população não sabe o que é que significa a palavra "dicionário", 68% nunca abriu um e 17% continua a confundir a palavra "plágio" com "plástico" ou "plasma"! 44% das pessoas que fazem essa confusão são juízes, 25% são advogados, 23% veem a "Casa dos Segredos", na TVI, aos domingos à noite, e os restantes são os próprios concorrentes da Casa.

    Eu ajudo: Plágio - s.m. roubo; roubo literário, artístico ou científico; apropriação indevida.

                    Plástico - s.m. (adj.) - designação dada a materiais  sintéticos empregados no fabrico de objetos moldáveis; (não confundir com "plástica").

                   Plasma - s.m. -  linfa; parte líquida do sangue; (não confundir com "plasma" aparelho equivalente a uma televisão e que serve para ver festivais da canção e concertos na Meo Arena!).

        Nós vamos, aqui e agora, deixar um excerto literário da nossa autoria!?!?!? Se descobrirem que a seguinte passagem é um PLÁGIO, o mínimo que exigimos e esperamos, neste nosso país,  - que é PORTUGAL -  é sermos agraciados com o Prémio Camões:

 

" Olhei aborrecido(para a minha figura no espelho. M*rda para o cabelo! - não havia forma de ficar penteado, no lugar... e m*rda para a Catarina Furtado, por estar a apresentar o festival e me deixar nesta provação. Eu devia estar a estudar para o meu teste de físico-química, que era já no dia seguinte. Mas ali estava eu, agarrado à escova de pentear. Não posso ficar com o cabelo assim, ai!, se a minha gaja/meu gajo me vê!!! Não posso ficar com o cabelo assim... não posso ficar com o cabelo assim...!

Tentei controlá-lo, mais uma vez, assim. Revirei os olhos desproporcionalmente grandes e desisti! Telefonei à Lili para me vir ajudar... mas ela não pode vir, uma vez que ainda se encontrava na cama com a Maya...

Estava perdido(a)! A única opção era telefonar ao Carreira ou ao Piçarra, mas também estavam os dois na cama...huuumm! cada um na sua.... hummm! depois da birra que tiveram... huummm...

A minha única opção seria prender o cabelo num rabo-de-cavalo e esperar ter um aspeto minimamente apresentável, para quando chegasse o Cláudio Ramos, com os seus ténis infantis, e me entrevistasse para o "Passadeira Vermelha"..."

 

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Vais para a escola? Leva a Pistola!

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   Os portugueses que nos leem sabem que, aqui no blogue do Papagaio, desde finais de outubro de 2016 que somos fãs incondicionais da administração da Casa Branca e que apoiamos D.D. Trump na esmagadora maioria das medidas e atitudes que costuma tomar.

    Mais uma vez, só podemos estar de inteiro acordo com o Partido Republicano americano e com as suas sugestões para aumentar a segurança nas escolas estadunidenses. Armadilhar as salas de aula é uma excelente sugestão! Só peca mesmo por chegar tardiamente e não começar já pelos ganapos do primeiro ciclo e pelos jardins de infância. Toda a gente de G-3 na mão! e é já! De pequenino é que se torce o gatilho! 

    Os professores passam a transportar revólveres e caçadeiras de canos cerrados e as mochilas e lancheiras dos alunos devem ser adaptadas com compartimentos-extra para carregar com material de guerra. Os pais já começaram a receber ações de formação no sentido de estarem alerta para ver se não falta o material escolar necessário; para além do leite chocolatado, das chupetas, da revista Penthouse e dos preservativos, as navalhas de ponta e mola, as pistolas automáticas e os carregadores de munições têm de fazer parte, como material didático e de proteção.

    Os docentes americanos, Q.Z.P. e contratados, são imensamente afortunados na sua condição: têm muito por onde escolher, até se podem fornecer no mercado negro com Bazukas e Rounds de .45 a preços especiais. Rebentar com a tola a um encarregado de educação ou espetar uma coronhada nas beiças dum auxiliar é do mais fácil que pode passar a haver! Segurança acima de tudo!

     Em Portugal, para dar o mau exemplo, medidas do género das de Trump nunca chegarão a ver o sol. É uma POBREZA! Alguém ainda sugeriu, lá para os lados do Parlamento, que se fizesse alguma coisa, mas foi então que se lembraram de falar de Tancos...e três deputados morreram logo a rir! Algum efeito sempre teve, a bem de se ver...que os deputados não fazem cá falta nenhuma!

    Ainda assim, se os hipermercados Continente e Pingo Doce se quisessem associar à Porto Editora e ao Grupo Leya e apoiar uma medida deste género no próximo regresso às aulas, bastava que passassem a reforçar as suas prateleiras e os seus catálogos com uma data de material escolar que passamos a descrever e a sugerir na seguinte lista: lápis, revólveres pretos, fichas de atividades, granadas anti-pessoal, guaches, morteiros, cadernos de linhas, metralhadoras autografadas pelo EI, papel cavalinho, carretos de munições, livros de colorir, miras telescópicas, compassos, caçadeiras, livros de apoio para os exames do 9º...

   Só há uma esperança, e essa pode ser trazida pela Remax - optar por um programa de PERMUTAS! Os professores passam a usar e a receber armas, que permutavam por livros de etiqueta, boas maneiras, língua portuguesa e educação física da terceira classe, que, por sua vez, deveriam ser distribuídos aos sargentos do Regimento de Comandos. As estrelas porno do Kinky Lusitanas permutavam caixas de dildos de todas as cores e tamanhos, e vergastadores sado-maso com as mães de Bragança; estas últimas enviavam à troca cartilhas maternais do Estado Novo e catecismos das Edições Paulinas, às freguesas de perna aberta do Sexy Hot.

   Trump não se lembrou disto... ainda!

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Papagaio

Se conduzir, não blogue!

 

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      Na minha terra, o código da estrada é muito diferente do código da estrada de Lisboa!  Um agente da autoridade mandou-me parar numa operação STOP improvisada e acusou-me de eu ir no trânsito a conduzir e ao telemóvel, tudo ao mesmo tempo. Isto é, primeiro que tudo, uma afronta à minha identidade sexual; depois, só pode ser uma grandessíssima mentira do sr. escaravelho agente da autoridade!

     Eu sou um GAJO! Basta isto e fica-se logo a saber que não tenho competências para fazer duas coisas ao mesmo tempo! Das duas, uma: ou eu ia a conduzir, ou ia ao telemóvel; nunca ambas as cenas juntas! Decida-se, sua besta multante! Pior: o indivíduo devia estar mesmo de má fé. A bem de ver, não me acusou de fazer duas coisas ao mesmo tempo, mas de fazer TRÊS!: de estar a conduzir, a falar ao telemóvel e de vir no TRÂNSITO. Àquela hora e naquela estrada particular, eu não vinha no trânsito, para mais sendo no Alentejo!

    Como se isto não chegasse para me ilibar da coima, bastava que o polícia lesse o meu currículo e constatasse que eu, só a título de exemplo, nunca na vida fiz um "menàge à trois". Não por ser uma alma repleta de moralidade e bons costumes católicos, mas porque só tenho duas mãos, um pirilau e um cérebro monocórdico. Se eu me dedicasse a fazer amor com duas mulheres ao mesmo tempo, corria o risco de uma delas começar a sentir-se uma espécie de sem abrigo, repentinamente, por falta prolongada de "atenção e carinho"! Lá seria eu multado novamente!

     Eu compreendo que uma mulher consiga "aviar" dois homens ao mesmo tempo, em cima da mesma cama ou da mesma máquina de lavar, mas eu só consigo fazer amor com uma mulher de cada vez. Primeiro, uma...depois, a outra... e muito devagarinho!  Não digam é nada à Papagaia, não vá ela ficar dececionada com a minha perda de qualidades!

    Mas voltemos ao polícia que me queria sodomizar: "- Documentos do condutor e da viatura, por favor, triângulo de perigo, colete refletor, caixa de preservativos...vaselina...50 Sombras de Grey...o material está todo! Mas o senhor condutor vinha ao telemóvel!

- F*d*-se! - disse-lhe eu. - Ó Sr. Guarda, eu nem sequer sei conduzir quando estou a escrever! E quanto ao telemóvel, eu não faço chamadas! Eu uso-o unicamente para enviar posts, e isso é só quando estou completamente bêbedo! Juro pelo meu santíssimo blogue que o Sapo lá tem!!!!

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A Máquina do Tempo, C(o)antada à Capela (Ó Tempo Volta pra Trás...)

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   O tempo passa a correr e, quando olhamos para trás, já passou! Também ouvimos que as 24 horas do dia não chegam para quase nada. Outros dizem que a vida é curta e é pecado desperdiçá-la. Pessoalmente, queixo-me que, às vezes,não tenho tempo que chegue e fica tudo para depois! Gostávamos que a vida durasse mais, ou que pudéssemos puxar os ponteiros para trás...

   Mas, agora, já há uma solução para todos estes problemas! Não!, não é o Cogumelo do Tempo do Roberto Leal!; é um aparelho à Doc Brown, comprado na "Feira do Relógio", por um árbitro da Primeira Liga.

   Relógios Capela, o Santo Graal da Vida Eterna (ou o Delorean do Regresso ao Futuro)!

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Um Doutoramento em Chás

Resultado de imagem para chá cartoon     Depois das enxurradas de ações de formação soporíferas e sistemáticas e das pós-graduações honoris causa sobre cafés - como tirar um café, como beber um café, inflacionar um café, a psicologia do café, a taxa do café, a torra do café, o grão do café, a moagem do café, a dosagem do café, a sexualidade do café, a etnia do café, a religião do café, o soneto do café,  a febre do café, a legionela do café, a ideologia do café, a cor política do café, os incêndios de Pedrógão do café, as hemorróidas do café, o café e o vídeo-árbitro do café, os desenhos a guache nas chávenas do café, o cú pró ar do café, as energias renováveis do café, a união de facto do café ( módulos essencialíssimos na Faculdade de Ciências Pindéricas e Exotéricas do Café e nos programas de reformados do Goucha, da Tânia e da Fátima), temos a Bárbara Wong e a apologia das teorias Victoria Bisogno, El Club del Te e Mariage Frères sobre o chá, tudo proveniente das casas mais distintas de Chá de Barcelona, Londres e Paris, claro está! Budapeste, Cracóvia e o Alto dos Moinhos ficaram de fora do itinerário, por razões ainda desconhecidas!

    Deve estar para nascer outro nicho! Bárbara Wong descobriu um novo guru das infusões, de seu nome Ana Vieira! Preparem-se todos para abrir os guarda-chuvas porque se avizinha um anticiclone de altas (de)pressões, repleto de perdigotos, sacos de chá pelo ar e ervas a ferver nas redes sociais, durante a próxima temporada, e a bem da conta bancária da Ana! EH!EH!

    Ana Silva Vieira (licenciada em infusões pela Universidade da Pontinha e catedrática em bules e em ebulição finérrima, pelas principais casas da especialidade, situadas nas principais cidades mais snobes chiques da Europa) já veio esclarecer que o chá tem ENORMES potencialidades para ser introduzido na culinária - já estamos mesmo a ver o Ljubomir Stanisic a aderir religiosamente a esta nova trend, e a não resistir a  introduzir no seu menú bárbaro, um prato chamado Chá de Tília com Vísceras Cruas de Cabra Montesa em vinha d'alho e Infusão de Salmonela. Ou  Carapauzinhos Fritos do Dia Anterior com Chá Preto das Tias Púbicas.

  Jura o artigo do Público, que Ana Vieira vinha a caminho de casa, proveniente da academia da Pontinha, e teve de se dedicar intensamente à família por causa de qualquer coisa que encontrou no trânsito, entre Massamá e o Martim Moniz... foi então que descobriu o chá, provavelmente na prateleira do armário de cima,mesmo como quem vira à esquerda da cozinha gourmet, junto à porta onde estão empilhados os tachos da Silampos e as frigideiras anti-aderentes da Ideia Casa.UAU! Ter-se-á feito luz!, e a moça pensou: " - e se eu escrevesse um livro e abrisse uma página na internet com pilhérias sobre chás? Toda a gente vai morder o clickbait, carago!" ( "carago" já sou eu a inventar!).

   Então, caríssima Ana, para quando o Bacalhau com Batata a Murro com Chá das Cinco? Deixamos esta sugestão para o novo livro da Anita. Na futura loja de chás online que ameaça abrir,  poderá introduzir, quem sabe?, uma Caldeirada de Lulas marinadas em Chá do Ceilão. Ou Ovas de Paloco em Salmoira com Chá de Camomila e Batata Cozidas às Rodelas. Como estamos a caminhar para março, podia-se aproveitar e fazer umas favas com chouriço e Chá Gorreana. Ficam, aqui, as nossas sugestões. Para rematar,convidava-se o Miguel Esteves Cardoso para ir jantar lá a casa um pernil com bolachinhas inglesas e chá-hortelã.

   Ana Vieira, no seu novo livro, também promete explicar como é que se tornou numa Sommelier de Chá e o que é que faz uma Sommelier das infusões. Já adiantou que um Sommelier  do chá é uma pessoa que sabe tudo sobre chá, ou seja, é uma espécie de cusca da Madragoa ou do Bairro Alto, só que, em vez de se debruçar na varanda a pendurar as cuecas do marido no estendal enquanto vai falando mal da vizinhança às velhas da frente, faz tudo isto dentro de um salão de chá, na companhia de um bule a ferver e de gente bem.       Para além disso, uma sommelier do chá elabora cartas de chás, faz consultoria do chá, serviços de Afternoon em hotéis ( a Nasa encomendou um estudo espectral e de choque de partículas no salão do Ritz, para tentar descobrir que serviços são estes e o que é que Afternoon quer dizer!) e explica a história do chá no Mundo e em Portugal. Por exemplo, D.Afonso Henriques fazia caçadas secretas e depois tomava javali com chá; o Infante D. Afonso não tinha vintém e não podia comprar chá,bebia Licor Beirão, que era o licor do povo; D. João V tomava várias infusões para o flato, que nunca fizeram efeito; a Dª Amélia aproveitava as saídas do rei D. Carlos e tomava chá de canela e pau de cabinda na cama com os seus amantes  - sobretudo com aqueles que tinham pirilaus menos beneficiados.

   Ana Vieira remata, no entanto, que tudo isto é de somenos importância. O mais importante é saber fazer o blend dos sabores, para que estes não se anulem. Se estiver a tomar chá verde do Japão,por exemplo, nunca acompanhe com uma colheita de posta mirandesa. Opte sempre por escolher peixes da nossa costa, como a lagosta suada ou a sardinha espanhola de escabeche. Se quiser tomar um chá em companhia de gente divertida e bem humorada, não caia na tentação de encomendar infusões de cannabis recreativa das lojas de Toronto, muito menos fazê-las acompanhar por lampreia à bordalesa, uma vez que pode gerar efeitos secundários, como histeria, alucinações e gente a babar-se pelo chão da sala.

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Didática de Esquerda, Pedagogia de Direita e Estupidagem de Papagaio


pensamento papagaio sapo blogs pedagogia.jpg   Hoje de manhã, quando nos levantámos, sentimos um arrepio na espinha! E não foi do frio, que o tempo até tem estado bonito e aprazível para os lados do papagaio lusitano! Foi que ligámos o rádio e o tipo que tinha o microfone encostado às trombas estava a dizer que a Esquerda quer aproveitar a influência que tem no Governo para avançar com uma ideologia comunista dentro das salas de aula! É quase tão mau como se a Direita aproveitasse para avançar com uma ideologia de direita para impor dentro das salas de aula.

   Nomeadamente, e também no que concerne...é de todo desaconselhável tentar introduzir seja que ideologia for nas aulas, as salas estão mais ou menos bem assim sem ideologias nem pensamentos que sejam e vir, agora, para cá com ideias é subversivo e disruptivo, porque os utentes daqueles espaços não estão habituados a ter ideias nem a gerar muitos pensamentos; primeiro, porque cansa, depois porque essa coisa de pensar, estudar e ter ideias pode gerar inadaptação em todos, a começar pelos próprios professores. A não ser que sejam ideias parvas, aí tudo funcionará, não haverá quebras nem ruturas, como há curtamente se viu em Torremolinos.

   Se a reforma de "Esquerda" passar e vingar, o que acontece é a primeira incoerência aplicada às crianças: aos treze e aos onze atiçam-se reformas, porque é de necessidade estrutural; aos sessenta e cinco afastam-se reformas porque é de necessidade financeira. Parece estar tudo bêbado... está tudo bêbado, efetivamente!  a começar pelos papagaios e a acabar nos políticos.

   Mas vejamos... o que é que a Esquerda procura, na prática? Ah!... talvez nacionalizar os estojos, as canetas e os guaches de cores dos alunos. Ou fazer com que todos os ganapos usem a mesma borracha para apagar os erros no caderno diário. E no caso, porventura, de uma qualquer Sofia Ana Ritinha de quinze anos engravidar inadvertidamente, procede-se a uma votação "democrática" para ver se os rapazes assumem uma cooperativa para a paternidade e a parentalidade em conjunto ou se se avança para a despenalização de um aborto pedagógico! Até faz sentido ! Se calhar até já estamos a gostar... pensando bem...

   Queremos voltar atrás e dar o dito por não dito: a  ideologia escolar da Esquerda não é estúpida... estúpida é a ideologia de sala de aula que a Direita quer implantar - já lá se viu agora inventar um crédito com juro bonificado para pedir emprestado o transferidor ou a subscrição de obrigações tóxicas do Novo Banco para ter acesso aos esclarecimentos da professora?! Ridículo! Quem é a alma que se lembra destas imbecilidades?

Papagaio

Terra das Baleias com Baleias em Terra

 

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    O sol levantava-se para os lados das Lajes do Pico. Os homens dirigiam-se aos campos agrícolas, para os trabalhos do dia, para tratar do milho, apanhar batatas ou podar as cepas.  Subitamente, atroava o alarme de baleia. Nas vigias estrategicamente colocadas ao longo da costa disparavam-se os foguetes de aviso. Os homens largavafabrica baleeira sibil.jpgm tudo o que estivessem a fazer. As mulheres preparavam uma merenda apressada e corriam o mais que podiam para levar a comida aos maridos, antes de eles partirem para o mar.

 

 

     Arriavam-se os botes baleeiros e partia-se assim que possível,  logo que se encontrasse a tripulação completa. No cais, as mulheres ficariam sem saber quem voltaria, se na luta desigual que se avizinhava alguém morreria, como tantas vezes acabava mesmo por acontecer.

   Depois de algumas milhas de navegação à vela com o vento a favor, avistar-se-ia a baleia ali próxima. Parecia uma grande baleia adulta, que encheria barris de óleo - uma fortuna! Significava a comida ganha para muitas semanas.

     Depois de muitas milhas e horas de afastamento da costa, com a baleia a tentar sacudir e fugir ao arpão já enterrado no dorso, avistava-se a linha do horizonte, com uma mancha negra. Ao chegarem, os baleeiros encontrariam uma grande baleia já morta, a flutuar. Histórias de outros tempos, entretanto já terminadas (a pesca baleeira foi dada como definitivamente encerrada já nos anos oitenta do século XX), mas não esquecidas na Lajes do Pico Museu dos Baleeiros.jpgmemória das gentes das Lajes e de São Roque.

 

 

   Instalado em antigas casas de botes baleeiros do século XIX, o Museu dos Baleeiros das Lajes do Pico foi inaugurado em 1988 e retrata a atividade baleeira, que prosperou na ilha entre o século XIX e os anos 80 do século XX. Este museu pretende perpetuar a memória da tradição da pesca da baleia nesta ilha açoriana do grupo central, em particular, no concelho das Lajes. 

 

 O Museu dos Baleeiros, em conjunto com o Museu da Indústria Baleeira (São Roque do Pico), é único na Europa, demonstrando a importância, as circunstâncias e dificuldades desta atividade às gerações vindouras, mantendo preservado um importante património museológico, dedicado especificamente ao tema e à atividade.

Lajes do Pico - vista.jpg

 

Em permanência, é possível encontrar peças e histórias ligadas a variados subtemas relacionados com a profissão baleeira -  os botes baleeiros açorianos, a área da construção naval, a Arte Baleeira (scrimshaw  - arte pictórica gravada em osso de baleia, entre outras formas) e o dia a dia do baleeiro em Terra. O Museu conta ainda com uma biblioteca, um centro de documentação, um auditório e um espaço para organização de atividades institucionais e pedagógicas.

   O Papagaio Indiscreto teve o privilégio de poder conviver, durante alguns anos, com as gentes da Ilha do Pico, em particular com as pessoas das Lajes e do restante concelho. Na altura, até por relatos feitos por individualidades da própria Vila das Lajes e por outras figuras diretamente ligadas ao falado Museu dos Baleeiros,  foi possível ficar a saber que a introdução da pesca ao cachalote terá sido devida a pessoas ligadas à América do Norte que, ainda durante o século XVIII,  induziram a este tipo de caça marítima, atividade essa que veio a ser um dos principais sustentos da Ilha, a par da produção dos mais variados produtos derivados de cetáceos.museu dos baleeiros.jpg

 

    Nas Lajes, hoje, a Terra das Baleias tem as baleias em terra, na memória das pessoas, nas histórias que se contam e nas instituições que tentam preservar este legado, ao abrigo da erosão do tempo.

 Papagaio

 

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Alheira grelhada com grelos salteados e ovos fritos

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  Os ingredientes necessários para esta receita  - quatro pessoas - são os seguintes:

   Cerca de um quilo e meio de grelos de nabo; uma colher de sopa de sal; quatrocentos gramas de batata nova  com pele; duas alheiras de Mirandela;  três colheres de sopa de azeite; quatro dentes de alho; tomilho fresco a gosto (pode ser substituído ou complementado por salsa); seis ovos ( de preferência, devem ser usados ovos de cordoniz - se for este o caso, devem ser utilizados doze, ao todo.);  dois pães da Avó; pimenta moída q.b..Imagem relacionada

  Na preparação, deve começar-se por escolher e lavar bem os grelos, sendo depois postos a cozer numa panela com água e 2/3 do sal que se pretende utilizar. Lavam-se as batatas com a pele, e cortam-se ao meio,sendo postas num tacho a cozer com água temperada com o restante sal.

 As alheiras devem ser picadas com um garfo e levadas ao forno a 150° C, para tostar. Este processo deverá durar entre 15 a 20 minutos. Entretanto, aquece-se 1/3 do azeite na frigideira, juntam-se dois dentes de alho picados e salteiam-se as batatas, polvilhando-se as mesmas com folhas de tomilho e/ou salsa.Retira-se e reserva-se.

   O passo seguinte é aquecer mais 1/3 do azeite na frigideira, ao qual se juntam os restantes alhos picados; salteiam-se os grelos, previamente escorridos.

   Fritam-se os ovos no restante azeite e colocam-se as batatas salteadas no centro do prato; à volta, o pão em pedaços pequenos e, por cima do pão, os grelos. Por cima dos grelos dispõem-se pedaços de alheira e, por fim, os ovos fritos.No final, polvilham-se os ovos com um pouco de pimenta.

 

Bom proveito!

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Seis coisas que falharam e toda a gente esqueceu...

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O Novo Acordo Ortográfico -  é "novo", mas já vai com "meia idade". Ficou metade do país a utilizá-lo e a outra metade a ignorá-lo! Na prática, cada um escreve como quer, a bem do erro e da desorientação.

Os prédios em Tróia -  Muitos dizem que Tróia está bonita! A  praia continua bonita, mas no lugar dos prédios que estavam a incomodar as vistas, construiram-se outros quase iguais e do mesmo tamanho, só que já acabados! O turismo português, esse, foi varrido à vassourada. 

A limpeza das florestas, pinhais e zonas de mato - estamos em fevereiro e continua a dizer-se " que se vai fazer"! Lá para junho, temos fogueira para assar castanhas II.

Os estádios do Euro 2004 - albergues para moscas e mosquitos, como é o caso de Aveiro,Leiria, Faro/Loulé, pagos a peso d'ouro pelo contribuinte. As dívidas destes três ainda não estão resolvidas e as respetivas câmaras municipais a pedir esmola.

O abandono do interior - nos anos oitenta lembraram-se da A6, porque havia gente importante em Lisboa que gostava de ir passar o fim de semana a Évora. De lá para cá, o lado esquerdo da Jangada de Pedra tem continuado a afundar a estibordo, como se fosse um Titanic.

A euforia no turismo -  muitos se esqueceram que o turismo já falhou noutras vezes....e vai tornar a falhar, porque  não cresce de forma sustentável. Os primeiros a reconhecerem isto são alguns dos moradores de Lisboa. Quando Portugal passar de "moda"...

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Contra os pequenos almoços na cama

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    Quando o ser humano inventou a cama, terá imaginado que ela serviria o propósito de dormir. Depois, reparou que ela também dava imenso jeito para mandar quecas. Terá sido tudo isto, então, por uma questão de conforto e de reprodução, uma espécie de passo seguinte na educação civilizacional, até à chegada dos colchões Pikolin e da máquina de lavar.

     Eis que alguém, neste processo de evolução progressista, achou que a cama deveria ser usada para servir pequenos almoços aos preguiçosos, e a humanidade começou a dar alguns sinais de querer regredir. Lamentavelmente neste sentido, mais tarde, chegariam os telemóveis com WI-FI e montes de outras conices bacocas - pintelhismos que servem para tudo, menos telefonar! - os tablets - que são barras de chocolate com sabor a plástico e a transistores de silicone e metal (sim, eu já tentei provar!) - e as redes sociais - que são como as redes de pesca, só que causam mais estrago no intelecto e no ambiente familiar que a frota de arrasto nas reservas piscícolas.

     O mundo anda todo completamente baralhado, sem saber bem para que é que servem, realmente,  determinados objetos, para que é que devem ser aproveitados determinados espaços ou qual é a utilidade de determinados instrumentos. Qualquer dia, ainda acabamos por cair na bizarrice de ver algum(a) artista porno  a abocanhar um clarinete ou um saxofone, ou qualquer maestro a dirigir a orquestra de dildo na mão. Ou, ainda, a ver fazer como o treinador de um clube português famoso,que utilizou o chuveiro do balneário para fazer uma chamada, a  julgar que aquilo era um telefone! A juventude,também como nosso objeto de exemplo, tem dado sinais precoces e contraditórios de Alzheimer e Demência alarmante, uma vez que insiste teimosamente em usar o telemóvel para comunicar badalhocamente nas salas de aula.

    Por isso, a não ser que alguém esteja doente de forma incapacitante, defendemos que servir o pequeno almoço na cama é uma grandessíssima espécie de merdinha saloia, barroca e baralhante. Eu explico: a cama não é uma mesa, para se levar o fiambre, o presunto e os ovos estrelados para lá e deixar os lençóis com nódoas sebentas, malcheirosas e eternas de gordura. Nem o quarto é uma cozinha, por isso é que as pessoas, na generalidade, não colocam a bilha do gás aos pés da  cabeceira, nem o exaustor junto à cómoda onde se guardam as cuecas e os sutiãs. Da mesma maneira, uma sala de estar não é uma casa de banho nem a casa de banho é a sala, a menos que haja gente que goste de ir fazer xixi de propósito para cima dos sofás ou quem receba as visitas e as leve para a casa de banho para tomar chá apoiado no bidé e por a conversa fiada em dia, em cima da sanita.

     Estarão muitos a pensar: - deixa que já te mando um comentário a abrir-te os olhos para o facto de o levar o pequeno almoço à cama ser uma forma passada e presente de demonstrar paixão, enamoramento e carinho!

    Muito bem!: como forma passada de demonstrar paixão, acredito! Mesmo, essa visão até pode ser considerada como extremamente arguta e fazer imenso sentido à luz de certos olhos, - pelo menos à luz dos olhos de certos primatas!; mas, admitamos, a primeira coisa que provavelmente irá acontecer, se me mandarem esses tais de comentários, é eu simplesmente apagar da forma divertida essas pilhérias, e de rajada; até porque o blogue é meu, e apagar comentários que não me dão jeito algum é uma das poucas expressões de poder a que eu me posso dar o luxo de exercer com eficácia e sem ser judicialmente processado.

    De qualquer maneira, uma nota para esses mais que prováveis seres comentadores: expressar enamoramento ou carinho levando comida para a cama também pode ser encarada como uma maneira de animalizar a pessoa que ainda está deitada; as raposas e as doninhas também levam comida na boca para a família, durante a noite e de madrugada, e não são, propriamente, animais muito ternurentos. E eu até já ouvi dizer, de fonte mais ou menos insegura, que as doninhas não levam a comida para a toca para a colocarem em cima da cama. Colocam-na no compartimento mais arejado do covil, para manter a frescura e não criar cheiros.

    Por tudo isto, pequenos almoços na cama, NÃO!, por favor! Quem quiser demonstrar amor e afeto, se o quiser fazer em cima da cama, pode sempre tentar começar pela queca. Pode optar por um ramo de flores, por dizer BOM DIA!, deixar um bilhete atencioso para manifestar preocupação e dedicação, ou fazer o pequeno almoço na cozinha e servi-lo LÁ!!!!  Outra coisa que pode pensar, é em mandar o parceiro levantar-se, tomar banho e vestir-se, para, depois, poder ir tomar o pequeno almoço à divisão que foi construida para as refeições, como deve de ser apanágio de qualquer ser humano que pretende viver o seu dia normalmente!

     Quem quiser ser relaxado e ver alimentada a sua profunda preguiça, que vá para o EMPREGO! Cada galho no seu macaco!

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Jorge Nuno Pinto da Cunha, Luís Filipe Arranjinho e Bruno Amigalhaço

 

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    Um cronista muito popular e estimado da  nossa praça dizia, com tom e palavras de indignação, que Portugal é o país da corrupção geral e sistemática. Das duas, uma: ou ao tipo ainda não lhe explicaram o que é a Venezuela nem a Rússia ou, então, nunca o avisaram que uma nação chamada Brasil ainda existe, por muito que custe a acreditar, mas ainda existe! Pese embora que, neste último caso, tenha havido lições ministradas e recebidas da nossa parte, pela força do convívio e do gene mútuo. Há bichinhos que custam a matar!

     Não obstante, Portugal não é país que possa receber o rótulo da corrupção sistemática, muito menos da corrupção geral. Portugal é só o país da corrupção pontual e específica. Pontual, porque a corrupção costuma acontecer, no nosso país, mais aos domingos e sextas feiras (por isso é que alguns políticos e outros costumam tirar licenciaturas à hora da eucaristia ou assinar contratos marotos à beira do fim de semana, quando está tudo distraído no trânsito para casa!); específica, porque a corrupção só acontece no futebol e é executada cirurgicamente pelos três presidentes dos três principais clubes nacionais - é do conhecimento comum que os dirigentes dos clubes que ficam do quarto lugar da tabela da Liga para baixo não têm o mau hábito de corromper ninguém. Mesmo que o quisessem fazer, não teriam possibilidades nem capacidade, porque os três outros estarolas papam especificamente tudo!

    A prova disto mesmo que para aqui dizemos, é que, num destes dias que nos dá jeito para a nossa história, um dirigente de um clube da segunda divisão queria oferecer um churrasco à xixa, para uns árbitros se distrairem enquanto se preparavam para apitar um jogo para os lados de Canelas, e não foi possível arranjar frangas para o barbacú, que estavam elas todas reservadas ao aviário, num serviço  buffet à là carte, com fruta, leitinho e chocolatinhos na ementa, numa receção VIP de um hotel elegante em Vila Nova de Gaia. Tóómaaa!!

    A única exceção a esta regra e a este estado de coisas é, para além da corrupção específica no futebol, também a corrupção na política, que também é específica. E muito pontual! Na política, a corrupção é MUITO pontual. Há pontos em que chegam a ser pedidos, a certas horas, bilhetes para o futebol, mas particularmente apenas para certos lugares específicos da bancada, sobretudo para aqueles em que não é exigido, pontualmente, pagamento específico para ver o jogo.

   Por todos estes exemplos específicos se deduz, em particular, e não no geral, mais uma vez,  que o nosso famigerado cronista abriu a boca, na sua crónica, com segundas intenções, provavelmente até de má fé específica! Sabe-se lá com o patrocínio pontual de quem! Só pode ter sido por influência de alguém particularmente ligado ao futebol ou à política em geral. De alguém com ligações pontuais à banca não foi, de certeza; algum juíz ou advogado, muito menos! Vendedores imobiliários sistemáticos,  negociantes particularmente de sucata ou pneus, nem pensar! 

   É de lamentar, ainda assim, todo este cenário geral de mentiroso maldizer.  Mesmo tendo em conta que a imprensa portuguesa, ela própria, especificamente, é muito pouco influenciável e nada dada a pressões exteriores, sistemáticas ou pontuais. Em Portugal, essas coisas quase praticamente não existem -  é tudo absolutamente  pontual e específico. De geral e sistemático, só temos a específica inocência aos microfones e a honestidade nos negócios pontuais!

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