Que bem que não se está no novo confinamento!
Muito nos admiramos que a "Aldeia Global" e as redes sociais, a reboque da maratona olímpica das novas tecnologias do século XXI, não estejam, pelos vistos, e todas juntas, em esforço colegial, a apaziguar toda esta ansiedade crescente e que borbulha no confinamento. Numa fase de pandemia, seria suposto ver, por exemplo, um mundo virtual que fosse evitando airosamente o esgotamento e que promovesse a distração das almas e a socialização balsâmica nos corações dos quarentenados.
No entanto, os "especialistas" (pelos vistos, o vírus tem o condão imenso de fazer aparecer especialistas fast-made um pouco por todo o lado, tal como a humidade faz com os cogumelos!) continuam a publicar estudos e artigos de opinião, desde março último, nos quais expressam a preocupação e a certeza sobre o crescimento mortífero da depressão, por força das restrições anti-COVID. Há, até, quem aposte que o stress já se esteja a preparar para matar tanto como o coronavírus.
E nós a pensar que os smartphones e os seus primos aproximavam de modo benéfico as pessoas e facilitavam eficazmente o convívio salutar! Vai-se a ver e... embuste desmascarado pelos especialistas nascidos desde março!
Afinal, por estas e por outras, é que nos vemos levados a considerações como aquela que dita que - o reino dos cartões de circuito impresso é um pouco como a bola de cristal e as cartas da taradóloga Maia: quanto mais inventa, menos acerta.