Sete livros de viagem para encontrar outros locais sem sair de casa
Os livros de viagem são os nossos melhores amigos na hora de descobrir o mundo sem sair de casa.
Fazes parte do grupo de que precisa de viajar, conhecer outras terras, gentes, cidades, com os teus próprios olhos e debaixo dos teus próprios pés? Ou fazes parte do grupo que anseia por fazer a sua primeira viagem, sentir a sensação de levantar voo e o gosto da saudade de casa? Seja como for, aqui reunimos sete dos melhores livros de viagem.
Através deles podes cruzar fronteiras, conhecer novos horizontes e saborear lugares espalhados pelo mundo. E o melhor de tudo isso: podes comprá-los em segunda mão, contribuindo para uma economia circular, um planeta mais sustentável e feliz.
1. Viagem por África, Paul Theroux
Nesta obra, o escritor Paul Theroux faz uma crítica social aos ex-colonizadores, que tentaram passar a sua cultura às ex-colónias, sem nunca conseguir compreender as gentes e os costumes dos nativos destes países.
A linguagem une o humor negro e o sarcasmo do autor, relatando o que denomina de estranho mundo das viagens por África, entre imprevistos, desenrascanços e encontros inusitados.
Este é um dos excelentes livros de viagem para conhecer o continente africano de Norte a Sul, num registo com cerca de 600 páginas, entre ação e aventura, convidando os leitores a explorar o destino com emoção.
2. A Arte da Viagem, Paul Theroux
Ainda no mesmo registo riquíssimo de livros de viagem, podes continuar com o escritor Paul Theroux agora num livro que compila várias descrições de viagens e formas de viajar, que te vão facilmente transportar pelos cinco continentes.
A Arte da Viagem reúne uma série de citações de vários autores que escrevem sobre viagens, por vários países e em diferentes estilos, sendo umas mais profundas e detalhadas que outras. É impossível não te identificares com pelo menos uma das aventuras relatadas.
Em suma, esta obra é como um guia filosófico, que retrata toda a bagagem espiritual ou física do autor, com todos os paradoxos afetos às viagens, como os prazeres e sofrimentos do viajante, a solidão, o anonimato e o encontro com estranhos.
Neste registo sobre o quanto uma viagem causa transformação no viajante, podes ainda ler autores como Vladimir Nabokov, Samuel Johnson, Evelyn Waugh, Mark Twain, Bruce Chatwin, Graham Greene, Isak Dineses, Anton Tchekov e Ernest Hemingway.
3. As Ilhas Desconhecidas, Raul Brandão
Considerado um dos mais originais livros de viagem, esta obra nasce de uma expedição aos arquipélagos dos Açores e Madeira, no ano de 1924. Trata-se de um diário impressionista das paisagens insulares em que o escritor descreve a vida a bordo do vapor em comunhão com as paisagens do mar e do céu.
Raul Brandão, que realizou a viagem aos 57 anos de idade, consegue captar a essência das ilhas em cada página da sua obra. Esta é considerada a mais completa homenagem aos arquipélagos atlânticos, onde se descreve não apenas a sua beleza natural, como também a condição dos seus habitantes.
Assume-se como um clássico na literatura sobre viagens, com uma leitura capaz de cativar o leitor e de o transportar para cada local retratado.
4. Comer, Orar, Amar, Elizabeth Gilbert
Entre Itália, Índia e Indonésia, a escritora parte sozinha, aos 34 anos de idade, numa viagem de 12 meses. Com um espírito irreverente, joga com a autoironia e conta tudo sobre a sua fuga desesperada do sonho americano.
De uma carreira estável e de sucesso, um casamento, uma casa nos subúrbios de Nova Iorque, passa um ano a viajar sozinha com o percurso delineado entre comer em Itália, orar na Índia e amar na Indonésia.
Começando por Roma, aprendeu a falar italiano e engordou os 23 kg mais felizes da sua vida. Com a ajuda de um guru nativo e de um cowboy do Texas, praticou a arte de devoção por terras indianas. Por fim, em Bali, aprendeu a equilibrar o prazer sensual e a transcendência divina, acabando a apaixonar-se inesperadamente.
Entre os livros de viagem, neste os leitores encontram uma escrita emotiva, por vezes cómica, num caminho de autodescoberta e autodesenvolvimento que os vai deixar sem perceber qual das partes foi a sua favorita.
5. O Esplendor do Mundo, Gonçalo Cadilhe
Gonçalo Cadilhe nasceu em 1968, na Figueira da Foz, e é reconhecido atualmente por escrever sobre as suas viagens. Começou a palmilhar o mundo em 1993 e desde então reuniu histórias para documentários televisivos, livros de viagem e, ainda, o registo de uma volta ao mundo sem aviões.
Em O Esplendor do Mundo, Gonçalo fala de 99 destinos e experiências de viagem que o marcaram para sempre. E este é o livro que te vai dar a vontade de fazer as malas e de partir, mas podes sempre viajar garantidamente, sem sair do lugar.
Este convite à viagem, leva-te a um verdadeiro check-in imaginário, que se inicia ao nascer-do-sol nas dunas da Namíbia até ao entardecer em Cinque Terre. Desde a descida do rio Mekong, à travessia do Pacífico num cargueiro, aos Templos de Tikal ao exército de terracota de Xian.
Os destinos escolhidos são apresentados com texto e fotografias do próprio autor, num registo muito pessoal, numa divisão entre locais turísticos, alguns bastante inóspitos e outros tantos impressionantes.
6. 1 Km de Cada Vez, Gonçalo Cadilhe
“Não há maior liberdade do que viajar ao sabor do tempo” é a primeira coisa que vais ler na capa de mais um livro de viagem de Gonçalo Cadilhe. Entre os encontros, de terra em terra, o autor partilha todas as alegrias e contratempos de uma viagem em slow-motion.
Este livro contém textos inéditos, onde o autor apresenta as suas impressões sobre os quinze meses que andou, sem pressas ou datas, por destinos tão fabulosos quanto longínquos, como as Galápagos, o Sudeste Asiático, a América Central, a África Austral, a Polinésia, as Caraíbas ou a Oceânia.1 Km de Cada Vez está ainda recomendado no Plano Nacional de Leitura, para o Ensino Secundário.
7. O Murmúrio do Mundo, Almeida Faria
Este é um autêntico livro de viagem com um belo retrato da viagem do autor à Índia. Depois de vários romances e prémios que consagraram a sua escrita, Almeida Faria traz esta obra, partilhada com Bárbara Assis Pacheco, cujas ilustrações criam a narrativa visual perfeita.
Entre Goa e Cochim, o autor explica como o hinduísmo e o cristianismo se contaminaram, explora os rituais religiosos e transmite com clareza as maravilhas arquitetónicas que vão emergindo.Se a Índia é o teu destino de sonho, com o escritor vais poder viajar através das palavras até outra realidade, entre o passado e o presente.