Super Bock Super Broche vs Vós Alarves vs Meo Bacalhau Marés Negras
O fim de semana chegou, assim, ao fim dele próprio: com uma nova saraivada festivaleira de concertos com nomes fantásticos e bandas sobejamente pouco conhecidas do público mais menopáusico ou viágrico. Mesmo eu e a Maria Mocha, que ainda nos orgulhamos de ir mandando umas quecas acórdicas, - embora não um com o outro, note-se! - tirando, talvez, os "The Gift" ou os "Scorpions", - estes últimos também já não precisam de usar preservativo! - não conhecemos muito, nestes concertos cervejeiros, quem largue um acorde de jeito e que dê alguma tesão! Mas tudo bem, cada geração e cada um na sua onda... ou no seu agueiro! EH !EH! Resta saber à mão de quem é que foram parar as receitas dos bilhetes...IH! IH!
O que já é mais lamentável é reparar na Ironia, coitadinha!, prostrada pelas ruas da amargura, quando ouvimos magros e gordos, altos e baixos, novos e assim-assins aos saltos, dizendo que só vêm para ali à espera que chegue um tipo aos pulos, - qual cenoura entalada no rabo - em jardineiras, simulando aparar a erva das traseiras e a gritar que se chama "Future"! Será que existe algum tipo de identificação entre as partes? E é ironia que nós não conheçamos muito bem o "Future", o que nos anda a deixar preocupados há algum tempo, pelo menos há uns... desde que nascemos! Afinal, temos alguns problemas em comum com a juventude mais recente, neste retângulo tuguês!
Foi uma sorte do caraças o tipo das jardineiras ter aparecido, que o fulano balda-se a maior parte das vezes! Adiante! Adiante merda nenhuma!!!!: mas que cromo da treta é que se dá pelo nome de Future e ganha a atenção de tanta malta? Não sabe cantar, não tem voz, as calças são bregas à farta, não sabe dançar, não tem banda, o P.A. parece comprado na Feira do Relógio, playback ranhoso - e tudo fica louco... não há Future! A não ser para ele! Mesmo! LOL!
Mas o que não se entende mesmo, por mais esforço que se faça, é que ninguém ache estranho que os concertos tenham todos nomes de garrafas de cervejas e panachês, canais xungas de televisão aberta ou de telemóveis que não servem para fazer chamadas! Aliás, como é que se faz uma chamada num smartphone? Alguém aí sabe? É que não se viu ninguém junto ao palco a fazer qualquer chamada - mas muita gente tirou fotos e fez vídeos, o que só prova que o mundo não tem evoluído assim tanto! - a única coisa que aconteceu é que os telefones passaram a fazer de máquinas fotográficas e vídeogravadores em ponto mais pequeno. E em vez de tirarmos fotografias uns aos outros tiramos só a nós - à zona da bexiga!
Mas vamos dizer por que é que faz mesmo espécie esta onda de concertos estivais - é que parecem guerras de clubes de futebol: enquanto uns vão à esquerda, para o broche e para a imperial, outros vão para a direita, para os comes e bebes e para as telecomunicações. Depois, atiram pedras uns aos outros, dizendo que o concerto de uns é melhor que o concerto de outros. Quem é que manda nesta liga? Não há árbitros nesta cena, meu!? No final, acabam todos juntos na praia, completamente naçados, todos amigos, a dizer que o Meo Bacalhau é que é!
Quem fica vivo no meio desta tourada musical toda devia ter o direito, desde já, a exigir aos ménes que ficam com o guito, concertos também para o inverno. Não é justo que seja só no verão, nas grandes cidades e à beira das praias - por exemplo o "Chocolatinho Quente Nestlé Alto da Torre 2017" ou o "Festival Bica Delta Paióis de Tancos 2018". Ou, ainda, o " Marvão Cerveja Artesanal Fest da Castanha Pilada de novembro 2019"... baril!!!!!!... MEU!!!!
Papagaio